quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

01 DE FEVEREIRO – SANTA BRÍGIDA DE KILDARE



SANTO DO DIA – 01 DE FEVEREIRO – SANTA BRÍGIDA DE KILDARE
Virgem (450-525)

VIDA DE SANTA BRÍGIDA DE KILDARE
Padroeira da Irlanda junto com São Patrício e São Columbus.

Também conhecida como Brígida de Kildare.


Ela nasceu em Faughart perto de Dundarlk na Irlanda cerca de 450ac. Seu pai era Dubhthach, um chefe do vilarejo de Leinster e sua mãe eram Brocca, uma escrava da corte. Ambos foram batizados por São Patrick. Brígida foi criada por Brocca e recebeu o véu de São Macaille em Croghan. Ela foi ensinada por São Mel de Armagh.


Após se instalar com outras sete mulheres no sopé da colina de Groghan Hill, Brígida seguiu São Mel para Meath em 468ac, mas em 470ac ela voltou e fundou o duplo monastério de Cill-Dara, em Kildare. Ela tornou-se Abadessa da comunidade, a primeira da Irlanda, e começou a construção de uma catedral e um centro de aprendizado e espiritualidade. Brígida fundou ainda a uma escola de arte e ficou famosa pelos seus iluminados manuscritos especialmente “o Livro de Kildade” escrito em 1600. Brígida foi uma das notáveis mulheres da Irlanda. Muitas são as tradições e lendas que atravessaram os séculos e vários seriam os milagres que ela teria feito.


Mesmo quando criança Brígida mostrava grande amor aos pobres, e certa vez foi dar água a um menino que queria leite e a água se transformou em leite. De outra vez um barril de leite enviado por ela a um vilarejo próximo, lá chegando, o barril não esvaziava e somente após todas as crianças se fartarem com o leite, dele passou a jorrar cerveja e somente após todos se fartarem, ele esvaziou-se. Os presentes calcularam que só de cerveja seria o equivalente para 17 barris. Várias outras historias a relacionam com a transformação de água em leite e água em cerveja. D’outra feita à água tornou-se cerveja para matar a sede de um bispo que chegou inesperadamente ao local. A tradição diz que as vacas de Brígida davam leite três vezes ao dia para prover leite para os pobres.


Chamada a “Maria de Gaels”, Brígida demonstrou uma extraordinária vida religiosa, interminável compaixão e um vigor para espalhar a fé.


Ela morreu em Kildade em 25 de fevereiro de 525, e foi enterrada em Downpatrick com São Colombus e São Patrick, todos padroeiros da Irlanda.


A sua túnica teria sido dada a Gunhilda, irmã do Rei Harold II e estaria no Santuário de São Donatian em Gruges, Bélgica. Uma relíquia do seu sapato está no museu de Dublin. Em 1283 três cavaleiros levaram sua cabeça para a Terra Santa, mas eles morreram em Lumier (perto de Lisboa, Portugal) onde uma igreja contem um Santuário com sua cabeça em uma Capela especial.


Na Inglaterra existem 19 igrejas dedicadas a ela. A mais importante é de Santa Brígida em Londres. Na Escócia temos duas, e a igreja de Santa Brígida em Douglas lembra que ela é a padroeira da família Douglas. Em vários locais em Wales tem o nome “Llansantaffraid” que significa “Igreja de Santa Brígida”. Finalmente temos a igreja de Santa Brígida em Piacenza e Fiesole, na Itália. Na igreja de Piacenza a “Paz de Constance” foi ratificada em 1185.


Na arte litúrgica da Igreja ela é usualmente mostrada: 1)com uma vaca ao seu lado; ou 2) segurando uma cruz; ou 3) expulsando o demônio.


Seu emblema é uma lâmpada acesa ou uma vela (não confundir com a de Santa Genoveva que não foi uma Abadessa). Às vezes ela é mostrada com uma chama como véu, ou perto de um celeiro, ou perto de um curral, ou restaurando a mão de um homem (um dos seus vários milagres foi recolocar no lugar a mão cortada de um homem).


Sua festa é celebrada no dia 1° de fevereiro.





Em meio ao grande florescimento de santos irlandeses, entre os séculos IV e VIII, destaca-se essa mulher, venerada como a segunda padroeira da Irlanda, depois de são Patrício. Ela fundou o primeiro convento feminino na “ilha dos santos”, a partir do qual se originaram centenas de lendas e diversas comunidades femininas, todas inspiradas na regra ditada por essa santa, as quais enriqueceram o calendário de outros inúmeros santos.

No centro da espiritualidade de Kildare se encontra o constante apelo à misericórdia divina e à caridade para com os pobres. Com efeito, a santa aparece habitualmente representada em companhia de uma vaca, visto ser venerada como padroeira dos leiteiros e (por que não?) dos pacíficos ruminantes, fonte de precioso alimento, pois o senso prático da excelente mulher encontrara meio de saciar a fome de muitos pobres que batiam às portas do convento.


Provavelmente a mais antiga vida de Santa Brígida (Brighid ou Brigit em irlandês antigo) seja a escrita por São Broccan Cloen, que faleceu em 17 de setembro de 650. Ela é escrita em versos.

No século VIII, um monge de Kildare, Cogitosus, reescreveu a vida de Santa Brígida em um bom latim. Este trabalho é conhecido como a “Segunda Vida”, e é um excelente exemplo da literatura irlandesa daquele século. Talvez a mais interessante informação do trabalho de Cogitosus seja a descrição da Catedral de Kildare em seu tempo.

É extremamente difícil conciliar as informações dos biógrafos de Santa Brígida, mas as “Vidas” são unânimes em dizer que ela era filha de Brocca, uma escrava da corte de seu pai Dubtbach, um rei irlandês de Leinster. Brocca fora batizada por São Patrício, o Apóstolo da Irlanda. Brígida, que nasceu em 452 (ou 453), próximo de Dundalk, Louth, tinha ouvido ainda criança as pregações de São Patrício e nunca as esqueceu.

Recusando muitos pedidos de casamento, ela resolveu se tornar monja e recebeu de São Macaille o véu de consagração. Ela se estabeleceu por algum tempo nas faldas do Monte Croghan com sete outras virgens, mas mudou-se para Druin Criadh, nas planícies de Magh Life, onde, sob um enorme carvalho, fez erigir o seu famoso Convento de Ciull-Dara, isto é, ‘a igreja do carvalho’.

Embora Santa Brígida tivesse recebido o véu de São Macaille, é provável que ela tenha professado com São Mel de Ardagh, discípulo de São Patrício, que também conferiu a ela os poderes de abadessa. Isto ocorreu por volta do ano 468.

O convento de Santa Brígida em Ciull-Dara tornou-se centro de religiosidade e aprendizado, e desenvolveu-se na importante cidade e diocese de Kildare. Ela fundou dois conventos – um para homens e outro para mulheres -, e designou São Conleth como diretor espiritual deles.

Afirma-se que Santa Brígida deu jurisdição canônica a São Conleth, Bispo de Kildare, mas, como afirma o Arcebispo Healy, ela simplesmente “selecionou a pessoa a quem a Igreja deu tal jurisdição”. E seu biógrafo informa-nos que ela escolheu São Conleth “para governar a Igreja junto com ela”. Como resultado, durante séculos Kildare foi dirigida por uma dupla linhagem de bispos abades e de abadessas, e a abadessa de Kildare era tida como a superiora geral dos conventos da Irlanda.

Santa Brígida fundou também uma escola de artes presidida por São Conleth, em que se executavam trabalhos em metal e iluminuras. Kildare foi o berço do “Livro dos Evangelhos”, ou o “Livro de Kildare”, que foi comentado por Giraldus Cambrensis. Infelizmente esta preciosidade desapareceu durante a Pseudo-Reforma Protestante.

De acordo com os eclesiásticos do século XII, nada era comparável ao “Livro de Kildare”, cujas páginas repletas de iluminuras maravilhosas, cheias de harmonia e de cores, deixavam a impressão de que “todo o trabalho era de qualidades mais angélicas do que humanas”. Gerald Barry dizia ter a impressão de que o livro fora escrito noite após noite: enquanto Santa Brígida rezava, “um anjo fornecia os desenhos, copiados pelo copista”.

Mesmo admitindo que os numerosos biógrafos de Santa Brígida exageravam nos detalhes, o que é certo é que ela ocupa um lugar de destaque entre as mais famosas mulheres irlandesas do século V, e é a Patrona da Irlanda. Santa Brígida morreu deixando uma diocese e uma escola que se tornaram famosas em toda a Europa. Em sua honra São Ultan escreveu um hino que começa assim:

Na nossa ilha de Hibernia, Cristo tornou-se conhecido através dos grandes milagres que Ele realizou por meio da feliz virgem de vida celestial, famosa por seus méritos no mundo inteiro.

Santa Brígida foi assistida por São Ninnidh em sua morte, que ocorreu em 1° de fevereiro de 525, em Kildare. Ela foi enterrada à direita do altar principal da Catedral de Kildare. Durante anos seu túmulo foi objeto da veneração dos peregrinos, especialmente no dia de sua festa, 1° de fevereiro.

Por volta do ano 878, as relíquias de Santa Brígida foram levadas para Downpatrick, onde foram enterradas junto às de São Patrício e São Columbano. As relíquias dos três santos foram descobertas em 1185, e em 9 de junho do ano seguinte foram transladadas solenemente para a Catedral de Downpatrick, na presença do Cardeal Vivian, de quinze bispos, de numerosos abades e eclesiásticos.

Vários breviários anteriores à Pseudo-Reforma comemoravam Santa Brígida e o seu nome foi incluído na ladainha do Missal de Stowe.

Após 1500 anos, a memória de Santa Brígida continua tão venerada na Irlanda quanto antes, e Brígida é o nome muito usado pelas mulheres católicas irlandesas. Além disso, pelo país todo centenas de locais têm o nome em sua honra: Kilbride, Brideswel, Tubbersbride, Templebride, etc.

A mão de Santa Brígida está preservada em Luminar, perto de Lisboa, Portugal, desde 1587, e há uma outra relíquia sua na Igreja de São Martinho, em Colônia, Alemanha. O antigo poço de Santa Brígida, próximo da igreja em ruínas, é um local dos mais venerados da Irlanda e ainda hoje atrai peregrinos.

A amizade de Santa Brígida com São Patrício é atestada pelo seguinte parágrafo do “Livro de Armagh”, um precioso manuscrito do século VIII, cuja autenticidade é fora de questão:


“Entre São Patrício e Santa Brígida, as colunas da Irlanda, havia tão grande amizade baseada na caridade, que eles tinham um só coração e uma só cogitação. Por meio dele e dela Cristo realizou muitos milagres”.

Em Armagh havia um “Templum Brigidis”, pequena igreja abacial conhecida como “Regles Brigid”, que continha algumas relíquias da Santa, e que foi destruída em 1179, por William Fitz Aldelm. Os manuscritos originais da ‘Vida de Brígida’ de Cogitosus, ou a “Segunda Vida”, se encontra hoje com os frades dominicanos de Eichstätt, na Bavária.

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DEFESA DAS APARIÇÕES DE JACAREI

DEFESA ÀS APARIÇÕES DE JACAREÍ


(FEITA POR UM PEREGRINO, AO CONTEMPLAR UM VÍDEO FALANDO MAL DAS MESMAS CITADAS ACIMA, E SOBRE A CARTINHA DO BISPO DA ÉPOCA, ALEGANDO QUE AS APARIÇÕES NÃO ERAM VERDADEIRAS)


NÃO SEI QUEM FEZ MAS PRA MIM ESSA PESSOA MERECIA UMA MEDALHA DE HONRA DE NOSSA SENHORA POR ESTA BELA DEFESA

"Quando você diz que devemos dar ouvidos ao que os padres dizem a respeito das aparições de Jacareí, corre em um ledo engano, pois, a “opinião pessoal” deles é que não pode ser elevado ao nível de “dogma de fé”. As cartas de Dom Nelson são muito citadas pelos que latem que estas Sagradas Aparições são falsas. Portanto, mister se faz alguns esclarecimentos. Há duas cartas oficiais onde este indigitado bispo trata da matéria “aparições”. Uma primeira, publicada em 1996, enquanto o mesmo ainda era bispo de São José dos Campos (diocese a qual pertence Jacareí). Nesta, não há menção alguma ao nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, muito menos, excomunhão, há somente algumas orientações pastorais. A segunda, publicada em 2007 e republicada em 2011, realmente traz explicitamente o nome do Profeta Marcos Tadeu Teixeira, porém, nesta, a palavra “excomunhão” é sequer mencionada.

Ainda há um probleminha com esta segunda carta. O dito bispo (certamente pela providência de Nossa Senhora) foi transferido para a diocese de Santo André/SP em 2003, e, observem, a segunda carta publicada por ele ocorreu no ano de 2007, quando já havia deixado de ter jurisdição eclesiástica sobre a cidade de Jacareí. Portanto, o mesmo, ao editar esta carta, violou a jurisdição eclesiástica conferida a ele pela Igreja, e, ainda, violentou gravemente a autoridade de Dom Moacir, então, bispo da Diocese de São José dos Campos, que, se quisesse, poderia ter criado o maior caso com isso, pois Dom Nelson desrespeitou frontalmente e atropelou sua autoridade eclesiástica, uma verdadeira afronta. Então eu lhes pergunto, vocês ainda vão dar credibilidade a um documento irregular e eivado de vícios como esse?

Vale lembrar, que não é obrigatório seguir estas cartas circulares dos bispos. Não há heresia nem cisma nisso. Um católico somente pode ser acusado de cismático ou herege se atentar contra os Dogmas de Fé. Que eu saiba, carta circular de bispo não é Dogma de Fé. Como a primeira carta de Dom Nelson não condena as Aparições de Jacareí, e a segunda está irregular, pode-se dizer que não pesa condenação oficial e regular da Igreja sobre estas Santas Aparições. Além do mais, até o presente momento, Dom José Valmor, que atualmente tem jurisdição eclesiástica sobre Jacareí, não fez pronunciamento oficial sobre as mesmas. Documento oficial onde o Profeta Marcos foi excomungado, também é inexistente, portanto, qualquer informação que diga o contrário é fruto de pura “fofoca”.

Ressalto que em Jacareí, realmente, não damos tanta importância aos documentos do Vaticano. O que nós realmente valorizamos é a doutrina que nos foi transmitida pelos santos, como Santo Afonso, São Luiz, Santa Teresa, São João da Cruz, etc... Outro adendo que gostaria de acrescentar, diz respeito ao fato da obrigatoriedade ou não das Sagradas Mensagens Celestiais. A orientação predominante entre os teólogos católicos, de que não é obrigatório seguir as Aparições de Nossa Senhora, se funda em meras opiniões pessoais de alguns clérigos a respeito do assunto. Esta orientação não tem o caráter da infalibilidade papal e muito menos é um Dogma de Fé. Realmente, o catecismo atual traz algo nesse sentido, mas vale lembrar que o mesmo não recebeu o caráter da infalibilidade pelo Concílio Vaticano II. Bem ao contrário do Santo Catecismo do Concílio de Trento. Este sim, recebeu o caráter de infalível. Ocorre que nossa amada Igreja há muito se transviou de uma tradição bíblica milenar, através da qual o “Deus dos Exércitos” sempre manifestou sua vontade ao povo de Israel por meio de suas aparições aos profetas (mesmo fenômeno que ocorre com o, também, profeta Marcos Tadeu, pois os fenômenos miraculosos e de aparições que ocorrem naquele Santuário, são da mesma espécie dos verificados na Sagrada Bíblia).

Ora, nos tempos bíblicos não era através dos fariseus, saduceus, príncipes e doutores da lei (a Igreja oficial da época) que Deus dava as suas diretrizes ao povo eleito, mas sim, através dos profetas, em outras palavras, dos videntes. Nos primórdios do cristianismo, também ocorria assim, pois, a própria origem da nossa amada Igreja se funda nas “aparições” de Jesus aos apóstolos e discípulos. Então, por que esta tradição bíblica foi quebra? Será que é porque as aparições aos profetas cessaram? Errado, pois nos últimos 100 anos ocorreram mais de 1000 aparições de Nossa Senhora, dos santos e anjos, e até de Deus.
A pergunta correta é, por que o clero tenta abafar isso, pois grande parte, senão todas, destas aparições também foram acompanhadas de sinais miraculosos, como, curas inexplicáveis pela ciência, sinais na natureza, etc... Se Deus usava deste expediente nos tempos bíblicos, certamente deveria continuar a usá-lo nos tempos do catolicismo, pois uma grande verdade que a Teologia professa é que Deus é imutável. Não citarei as passagens bíblicas onde Deus manifesta sua vontade através dos videntes/profetas, pois se assim fizesse, teria que citar a Bíblia inteira, pois a própria formação e ensinamentos nela transmitidos se dão por este meio. Gostaria apenas de citar um pequeno exemplo de qual atitude deveremos tomar frente às Aparições de Jacareí, tomando por base a Bíblia. Saulo, quando se dirigia à cidade de Damasco e Jesus lhe “aparece” exclama: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9, 6). Naquela ocasião, Jesus disse a ele para procurar os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! O ordenou que entrasse na cidade de Damasco e ali lhe seria dito o que deveria fazer. Beleza. E quem Deus enviou para Saulo? Os fariseus e saduceus (a Igreja oficial da época)? Não! Mas Ananias, um vidente. Como eu sei que Ananias era um vidente? As Sagradas Escrituras nos contam que foi uma aparição de Jesus que disse para ele ir procurar Saulo. É só conferir At 9, 10-16ss.

Outro exemplo foi Judas Iscariotes; este preferiu errar com a Igreja oficial da época (lembra né, fariseus e saduceus) que acertar sem ela. Bom... Errou mesmo! E segundo alguns santos místicos, como Maria de Ágreda, sua alma se encontra no inferno. Assim, a posição teológica defendida pela maioria dos teólogos atuais, de que as aparições não são obrigatórias, falando em termos de estudo teológico da atualidade, é perfeitamente passível de questionamento, e, inclusive, daria uma boa tese de doutoramento. É um posicionamento que pode ser mudado. Não é Dogma de Fé. Gostaria de finalizar este ponto dizendo o seguinte. Jesus tolerou para sempre aquela Igreja oficial da época (o judaísmo) que rejeitou o projeto que suas aparições aos Apóstolos (que também eram videntes) propunha? Claro que não!!! Por causa disso, Deus se retirou do meio daquela Igreja e passou a habitar no meio dos seus videntes, os apóstolos e discípulos, e, assim, surgiu a nossa amada Igreja Católica (Mt 21, 39-45).

Não é objetivo do Profeta Marcos Tadeu, nem de sua Ordem e muito menos de nós, a Milícia da Paz (formada por todos os fiéis seguidores daquele Santuário) provocar um cisma na Igreja. Nós apenas denunciamos os erros (prerrogativa esta, conferida aos leigos pelo próprio Concílio Vaticano II), lutamos para que a devoção a Nossa Senhora, aos santos e anjos seja colocada em seu devido lugar, e que as suas mensagens, e as dos demais santos, e até as de Deus, seja acolhida como nos tempos Bíblicos, pois acreditamos que se isto não for feito, irá se abater gigantescos cataclismos sobre a Terra, de uma tal magnitude que nunca houve, nem jamais haverá. Acreditamos que esta “palavra de Deus” transmitida nas aparições é o caminho e a única forma de salvar o mundo, e qualquer obra, ou pessoa, que ensine ou faça diferente do que elas dizem, é desprezada por nós. O motivo para isto é muito simples. Desde tempos remotos, as Aparições de Nossa Senhora (inclusive as não aprovadas pela Igreja) vêm dizendo o que aconteceria ao mundo se esta “palavra de Deus” não fosse obedecida. Resultado, tudo o que elas disseram, em um passado remoto, está se cumprindo na atualidade. Então, não há outra conclusão a se fazer, a não ser admitir que elas eram verdadeiras, e que o clero errou. Aliás, o histórico de erro do clero é algo realmente interessante. Basta citar a condenação que pesou durante 20 anos sobre as Santas Aparições de Jesus Misericordioso à Santa Faustina, e não foi por um “bispozinho” qualquer. Foi pelo próprio papa da época. Se não fosse a atuação do então Cardeal Karol Józef Wojtyła, futuro Papa João Paulo II, estas aparições estariam condenadas até os tempos atuais, e, certamente, você seria um grande opositor delas, não é? Infelizmente, como atualmente o número de Cardeais, e clérigos em geral, com este nível de espiritualidade é praticamente nulo... tadinha das aparições... snif. Praticamente nenhum deles entende de Teologia Mística, o estudo apropriado para se avaliar as aparições e estudá-las.

Além do mais, as aparições de La Salette, Lourdes e Fátima, para quem conhece mais a fundo sua história, verá que elas na verdade não foram aceitas pelo clero. Muito pelo contrário, este as combateu com todas as suas forças. Na realidade, o que ocorreu, é que os fiéis praticamente as fizeram descer goela abaixo na garganta do clero, de tal modo, que eles não tiveram outra opção a não ser aprová-las. E, mesmo nestas que foram aprovadas, o estrago que o clero fez é algo incomensurável. Não as divulgou como deveria; se o corpo incorrupto de Santa Bernadete estivesse no Santuário de Lourdes iria converter milhões de fiéis, no entanto está praticamente escondido no convento de Nevers; o corpo incorrupto de Santa Jacinta foi escondido dos fiéis; a esmagadora maioria dos vaticanistas da Itália é de acordo que, até hoje, o terceiro segredo de Fátima não foi revelado em sua integralidade; a consagração da Rússia não foi feita como Nossa Senhora pediu até os dias atuais, etc... E isso, só para citar os danos que me vem à mente neste momento.

No Santuário das Aparições de Jacareí, o Profeta Marcos está resgatando tudo aquilo que a Igreja e a sociedade tanto se esforçaram para extinguir, os escapulários, medalhas, mensagens, enfim, a salvação do mundo que Nossa Senhora nos revelou e ofereceu com tanto amor ao longo de suas aparições na história. Sem dúvida, lá está se cumprido a passagem da Escritura na qual se diz: “Por isso, todo escriba instruído nas coisas do Reino dos céus é comparado a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas...” Mt 13,52 É uma nova aparição que resgata todas, até as mais antigas. Portanto, se ainda quiserem seguir a doutrina da cabeça deste cara de que não precisamos de aparições, o problema é de vocês. Aliás, se formos pensar bem, porquê Deus, Nossa Senhora os anjos e os santos apareceriam, né? Afinal de contas, nosso mundo está uma verdadeira maravilha, não é? Não temos problemas de droga, prostituição, corrupção, degradação moral, depressão, decadência da Igreja, violência, roubos, assassinatos, guerras, miséria..., todos os sacerdotes são verdadeiros Serafins de santidade, enfim, o Vaticano está dando conta do recado... Só não está apresentando um desempenho melhor devido a um “pequeno” probleminha de tráfico de influência entre os altos clérigos, desvio de verbas do banco do Vaticano, looby gay entre os padres, pedofilia generalizada, um papa progressista e comunista..., mas, afinal de contas, são probleminhas fáceis de serem solucionados, né? É... Em um mundo maravilhoso e em ótimo funcionamento como esse, realmente não entendo o motivo de tantas aparições..."